Se um outro mundo é possível, ele tem que ser construído. Com muita energia, união e força de vontade. Chegar ao campo do Fórum Social Mundial dias antes deste grande encontro de tão diversos atores, é uma experiência formativa.
Se as informações ainda estão um tanto confusas (denovo, essa característica aflora nas experiências de todos: descentralizado não deveria necessariamente ser desorganizado), o espaço vai se transformando a cada hora. São várias organizações e movimentos sociais que estão chegando pra preparar seus espaços, pra em breve receber tantos que vem para debater, viver, conviver com um mundo diferente.
A Aldeia da Paz, espaço de convivência com os princípios da permacultura e de colaboração, é uma boa experiência de como realmente `a união faz a força` e que `somos os protagonistas da mudança que queremos ver no mundo`. Por aqui, os dias tem sido de intenso trabalho, pra que as construções circulares, além dos banheiros secos, da cozinha comunitária e de um palco, estejam prontos para receber ainda mais indivíduos com o mesmo intuito: trocar experiências e conectar-se ao movimento de mudança real.
Estamos no campo do Alojamento Intercontinental da Juventude. E aqui, acabamos de montar uma produtora cultural colaborativa. Nela, voluntários estarão prontos a difundir a cultura e a arte! Com softwares livres e continuando o processo de construção conjunta, promoveremos a cultura livre. Artistas interessados em mostrar seus trabalhos poderão se apresentar no palco da Aldeia, bem como poderão produzir áudio e vídeo para difundir seu caminho por páginas na internet, conectando-se assim ao movimento de mundaça digital que vem acontecendo.
A cada dia novas experiências de troca mostram que o movimento de mudança é uma onda real. São pessoas de todas as partes do mundo aqui, juntas, trocando, somando, crescendo. E a cada dia, com certeza, o movimento cresce. Vemos isso na prática aqui nos campos do FSM, e podemos perceber que realmente ele vem acontecendo cada vez mais em outras partes.