A moeda faz parte da nossa vida diária, no entando, poucas pessoas conseguem explicar o que ela é realmente. Como um mito moderno, poucos sequer se questionam daonde ela vem, porque ela flutua, porque é valiosa (ou necessária). Questionar é preciso, mas apresentar alternativas também, por isso, venho estudando os sistemas financeiros alternativos, que somam-se hoje em mais de 5 mil experiências no mundo. Gostaria de iniciar aqui uma partilha de documentos, dados, experiências, reflexões.
“A dificuldade de qualquer alternativa de repensar livremente as bases da economia provém do fato de a ortodoxia econômica ser sem dúvida hoje um dos discursos socialmente mais fortes sobre o mundo social, nomeadamente porque a formalização matemática lhe confere um ar de ostensivo rigor e neutralidade. (…)” (BOURDIEU, 2006. p. 305)
É preciso descolonizar as idéias para repensar a moeda, o dinheiro, o trabalho, as relações humanas. É preciso refletir, afinal, porque trocamos ou produzimos. É preciso refletir, o
quanto vale nosso tempo, nosso ambiente, nossas relações sociais, nossos saberes, nossas paixões. E o quanto vale o nosso papel.