Durante a Feira de Economia Solidária, alguns jovens atrás de um PC chamavam a atencão dos passantes com seu brinquedo falante. O Robotux foi feito inteiramente com reciclagem, ele tem uma base de aspirador, na qual a bateria lhe dá forcas, um balde é seu corpo, onde ficam os fios e na sua cabeca, de capacete, fica seu sistema operacional. Através de um receptor wireless, ele recebe os comandos para andar e falar.
Na outra ponta está um computador também totalmente construído com material reciclado. Dele sai um sinal wireless, e na tela, o ubunto é que prende os garotos no comando.
O Robotux é um projeto desenvolvido pelo Centro de Mídia, que localiza-se na maior ocupacao urbana do Rio Grande do Sul. Uma regiao próxima a Santa Maria, que antigamente era esquecida pelos governantes, mas que, a partir da mobilizacao e articulacao de muitas pessoas sem-teto, comecou a ser ocupada e construída com bases solidárias. Como relata o PADRE Carlos Ivo Mewegais ‘os governantes nao estavam preocupados com as pessoas, fomos buscá-los pra urbanizar a área e eles nao quizeram fazer nada. Entao depois de muita articulacao entre as pessoas, numa sexta feira santa, a noite, nos reunimos em frente a igreja, e de lá fomos todos juntos pra área, só com uma vela, pra não chamar a atencão, e rezando um Pai Nosso, porque ali haviam mulheres grávidas, criancas, vovós’.
Se pra comecar a ocupacão demandou articularem-se, assim eles continuaram a desenvolver a região. Se no comeco eram somente barracos, em reuniões da comunidade se definiram lotes, em uma urbanizacão arquitetada e organizada para que hoje, quase vinte anos depois, a mesma seja considerada região próspera e muito bem equipada. Ali, além de colégios públicos e estatais, hospitais, seguranca e muita colaboracão.
A autogestão define os rumos da comunidade, que conquista cada vez mais reconhecimento. Como relata o ex-prefeito petista Waldeci Oliveira ‘no meu mandato, nos lutamos pra regularizar a área, fomos até o ministério para pedir apoio, e conseguimos verbas do PAC para investir em infra-estrutura para a região’.
O projeto do CSMI abre portas para os jovens dali, ensinando-lhes a programar e desenvolverem-se nas tecnologias digitais. Todos relatam que gostariam de continuar os estudos nesta área, buscando um mundo diferente também na vida virtual.
Audio e fotos captadas serão adicionadas em breve.
Nossa Rô, que massa deve ter sido essa sua estada na Feira Mundial de Ecosol. Muito legal o texto também. Mostrar exemplos como esse só enche nossos corações de esperança pela transformação, que não é só política, mas nesses casos, também econômica e social.
Beijo grande.
que legal, rô. tecnologia, desenvolvimento social e sustentabilidade lado a lado.
olá eu sou do CMID parabeens pela matéria:)