Carta Aberta em defesa da escolha do DRM (Digital Radio Mondiale) como padrão técnico para o SBRD (Sistema Brasileiro de Rádio Digital)

Hoje, dia 17 de maio, Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação, nós de Rádios e TVs Livres estamos lançando ao Brasil e ao mundo uma Carta Aberta em defesa da escolha do DRM (Digital Radio Mondiale) como padrão técnico para o SBRD (Sistema Brasileiro de Rádio Digital).

Através desta carta expressamos nossas reflexões sobre a melhor opção para o Rádio Digital no Brasil e no mundo. Defendendo a livre apropriação do meio Rádio, por qualquer grupo de pessoas que queira se expressar livremente, sem censura ou fronteira, local e globalmente, somos a favor da escolha do DRM – Digital Radio Mondiale – como o padrão de Rádio Digital a ser adotado no Brasil e no mundo.

LEIA O MANIFESTO COMPLETO

Ponto 0 – Existem implementações disponíveis para download tanto da modulação quanto da demodulação do DRM, tornando possível a criação de moduladores/excitadores DRM a um baixo custo utilizando-se plataformas de SDR (Software Defined Radio).

Ponto 1 – O DRM permite que se aumente o número de rádios na faixa da atual transmissão FM, visto que cada rádio FM ocupa 200kHz, e uma transmissão DRM nessa faixa ocupa 100kHz. Na verdade, visto que numa mesma transmissão DRM pode-se transmitir 4 serviços de áudio, seria possível rádios livres de uma mesma região se unirem, por exemplo, e tornar o aumento que o DRM proporciona em número de rádios possíveis em 8 vezes (2 vezes devido a utilização de metade da banda do FM, e 4 vezes devido a possibilidade de se transmitir 4 rádios utilizando-se um único canal DRM).

Ponto 2 – Rádios que hoje transmitem na faixa de Ondas Médias e Ondas Curtas terão grande aumento da qualidade do áudio. Rádios que hoje transmitem na faixa do FM poderão transmitir em até 5.1 surround. É possível transmitir slideshows de fotografias, textos, websites, e até vídeo ao vivo em baixa definição no padrão DRM, para receptores que suportem esses recursos.

Ponto 3 – O DRM funciona para se transmitir na faixa de ondas curtas, oque torna possível rádios com alcances continentais e até intercontinentais. Além disso permite a utilização de faixas de broadcast em ondas curtas hoje totalmente inutilizadas, como a faixa dos 26MHz, que potencialmente podem ser utilizadas para permitir que muitas novas rádios sejam criadas, e que durante o período de transição do analógico para o digital, todas as rádios tenham espaço no espectro para transmitir em analógico e digital. Nenhum outro padrão de Rádio Digital funciona na faixa de Ondas Curtas.

Ponto 4 – Para se obter a mesma área de cobertura de um transmissor analógico, utilizando-se o sistema DRM, é necessário o uso de aproximadamente somente 1/10 da potência utilizada no transmissor analógico, ou seja, o padrão DRM trará uma enorme economia de energia para as rádios e para o país, além do transmissor ficar bem mais barato, já que a parte mais cara de um sistema de transmissão é a parte de potência do mesmo.

Ponto 5 – O DRM é um padrão mundial novo, sendo que países de dimensão continental como a Índia e a Rússia já anunciaram sua adoção. Isso abre a possibilidade de um padrão para Rádio Digital que seja utilizado globalmente.

Ponto 6 – O DRM é um padrão de Rádio Digital que permite que rádios de baixa potência existam, assim como rádios de grande potência e mantém o esquema descentralizado de transmissão do rádio, que é como deve ser, para possibilitar que todos possam transmitir/receber, onde quer que estejamos.

Ponto 7 – O DRM é o melhor padrão de Rádio Digital que existe em nossa visão, visto que o grupo de padrões que requerem uma distribuição centralizada (como o DAB) nós rechaçamos, visto que isso gera um controle centralizado das transmissões, e o outro grande padrão considerado, o HD Radio, é propriedade de somente uma empresa, e assim como outro padrão de rádio digital, o ISDB-Tsb, eles utilizam maior banda espectral do que o DRM, favorecendo a escassez de canais para rádios, contribuindo para a manutenção dos grandes monopólios.

Ponto 8 – Já temos o conhecimento de como transmitir e receber DRM, ler “http://www.radiolivre.org/node/3825” e “http://www.radiolivre.org/node/3807”, de forma que em breve teremos nossos transmissores DRM a um baixo custo.

Ponto 9 – Somos contra o desenvolvimento de um padrão técnico nacional, visto que o padrão DRM atende a todas as necessidades brasileiras e mundiais. Além disso o consórcio que gere as normas do DRM e seu futuro é uma organização aberta que aceita novos membros, desenvolvimentos e melhorias. Queremos um padrão técnico mundial, de forma que as pessoas possam transmitir e receber rádio sem fronteiras nem censuras.

Assinado,

Rádio Capivara
Rádio Muda
Rádio Pulga
Rádio Radiola
Rádio Xibé
TV Piolho
Rizoma radiolivre.org

—-
reprodução de matéria vinculada no CMI Brasil
http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2010/05/471649.shtml

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vibrações positivas pelo Planeta

Nosso planeta passa por uma crise sem precedentes. Muitas catástrofes
estão acontecendo. E outras virão. Jamais uma época teve tão duras
provas a enfrentar. Muitas iniciativas estão sendo tomadas para
amenizar a situação atual.

Apesar disso, nem todas as pessoas podem fazer tudo aquilo que
desejariam, pois, cada vez mais, a vida exige sérios compromissos de
todos. Compromissos que, por vezes, tomam todo o tempo daqueles que
gostariam de poder contribuir e ajudar a humanidade nesta época tão
dramática pela qual passamos.

Para compensar a falta de tempo na qual todos estão submersos, alguns
grupos espíritas e espiritualistas, como a Sociedade Espírita Ramatis
e outras, tiveram a excelente idéia desincronizar suas meditações por
cinco minutos, num horário comum, que permita à maioria das pessoas se
interligarem, formando uma corrente mental.

Mas para que esse horário? Para que todos possam ter a oportunidade
de, mesmo sem tempo, ajudar, de alguma forma.

A iniciativa consiste no seguinte: todos os dias, das 23h00min às
23h05min, milhares de pessoas estarão enviando suas vibrações
positivas ao planeta.

Não importa se você é católico, umbandista, candomblista, batista,
messiânico, espírita, budista, hinduísta, agnóstico, ateu, judeu,
teosofista, gnóstico, confucionista, adventista, espiritualista, etc.

Enviar vibrações positivas nada mais é do que visualizar o planeta com
harmonia, paz e amor, vibrando positivamente ou mentalizando o planeta
sendo envolvido por energias benéficas com cores vibrantes, tais como
o branco, o dourado e o violeta (que são os mais usados). Mas também
podemos mentalizar o planeta e irradiar luz e paz como se estivéssemos
fora do planeta.

Obs.: Se você não acredita que seja possível enviar vibrações
positivas ao planeta e aos seres humanos, não precisa abster-se deste
momento. Poderá aguardar o período de 23h00min as 23h05min para,
simplesmente, refletir sobre possíveis soluções para os problemas
atuais. Simbolicamente, saberá que milhares de pessoas estão fazendo o
mesmo, apenas o fazem de forma diferente. O importante é a união dos
pensamentos de todos, sabendo que estamos iniciando um primeiro
esforço no sentido de tornarmo-nos atentos e abertos aos problemas e
dificuldades que assolam nosso planeta.

Horário para a vibração: De 23:00h às 23:05h. Todos os dias.

“A Terra não pertence ao homem; o homem é que a ela pertence. Disto
nós sabemos. Todas as coisas estão interligadas, como os laços que
unem uma família. O que acontecer com a Terra acontecerá conosco. O
homem não teceu a teia da vida cósmica, ele é um fio da mesma. O que
ele fizer para a Terra estará fazendo a si próprio”.

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o pioneiro dos bancos solidários no Brasil vem do Ceará em forma de cordel

Cordel sobre o Banco Palmas em Fortaleza (CE)
O Conjunto Palmeiras é um promissor complexo de residências populares na zona sul periférica de Fortaleza, cidade do Sol, capital do Ceará.

Nele, uma experiência modelo para o mundo da “socioeconomia” solidária, aqui em literatura de cordel. Informações detalhadas sobre essa iniciativa, navegue pelo Portal do Banco Palmas.

Esse conjunto é mesmo arretado,
residem 30.000 pessoas,
humildes, guerreiros sonhadores
para nada ficam à toa.
Foi por lá que começou
um processo que vou contar
a criação do Banco Palmas
uma ação solidária pra ficar.

Alguns já ouviram falar
de uma economia jovem
que é capaz de gerar,
renda para a comunidade
sem o dinheiro centralizar.

O nome é fácil decorar
são valores que gosto
e procuro aclamar,
são repletos de significado
Economia Solidária
uma teia a prosperar.

Foi pioneira a iniciativa
principalmente no País
que surgiu assim com encanto
o primeiro banco comunitário no Brasil.

No ano de 1998
já comemorou-se 12 anos
que surgiu o Bancos Palmas
e seus créditos sem juros
transparente nas finanças,
sem criar desconfiança
gerando renda em louvor
ao trabalho da esperança.

Apenas 10 clientes,
e nada mais que R$ 2.000,
que uma estória começou,
a revolucionar o Brasil.
É beleza de se ver,
o que acontece aqui,
a moeda que circula,
vai e volta e fica ali.

O nome dela é Palmas
inspirada na comunidade
que como tem que ser,
reforça sua identidade.

Não é igual a um banco,
pois tem fortes diferenças
de valores e conceitos,
pois no Palmas se buscou
com muito respeito
fugindo do preconceito
a busca por um consenso.

Dos empréstimos vou falar.
é sem juros o micro-crédito
com confiança no ator local,
destoa dos grandes bancos,
que deixam o povo mal
sem ter como pagar
o dinheiro emprestado
e o juros que foi roubado.

Tem loja pra vender,
os produtos locais
são esses os atores
sociais e culturais
feitos pelos empreendimentos
que o banco vem incubar.

Tem roupas
mel e sabão,
tudo que é gerado
é de base comunitária
assim é que dá gosto,
da compra benfeitorada.

Pra participar é fácil entrar
mas na comunidade
tem que morar.
Sem delongas
ou fichas de azar
basta ser sincero,
e no banco se cadastrar.

Esse banco é bom lembrar,
se quiser pode estudar
quem sabe um dia nós
por que não sonhar,
vamos ter os nossos bancos
pra comunidade administrar.

retirado de http://culturadigital.br/teia2010/2010/04/06/cordel-sobre-o-banco-palmas-em-fortaleza-ce/
mais informaçoes http://www.bancopalmas.org.br

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ENCERRAMENTO DO IX CONGRESSO DA UNIÃO DE JOVENS COMUNISTAS (UJC). HAVANA, 4 DE ABRIL DE 2010. “ANO 52 DA REVOLUÇÃO”

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DISCURSO PROFERIDO PELO GENERAL-DE-EXÉRCITO, RAUL CASTRO RUZ, PRESIDENTE DOS CONSELHOS DE ESTADO E DE MINISTROS E SEGUNDO SECRETÁRIO DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA, NO ENCERRAMENTO DO IX CONGRESSO DA UNIÃO DE JOVENS COMUNISTAS (UJC). HAVANA, 4 DE ABRIL DE 2010. “ANO 52 DA REVOLUÇÃO”

Companheiras e companheiros delegados e convidados:

Tivemos um bom Congresso, que realmente começou no mês de Outubro do ano passado com as reuniões abertas das quais participaram centenas de milhares de jovens, continuou com as assembleias de balanço das organizações de base e dos comités municipais e provinciais, onde se foram conformando os acordos adoptados nestas sessões finais.

Se algo abundou nos pouco mais de cinco anos transcorridos desde que Fidel proferiu o discurso de encerramento do VIII Congresso da UJC, no dia 5 de Dezembro de 2004, foi o trabalho e os desafios.

Realizamos este Congresso em meio de uma das mais ferozes e concertadas campanhas mediáticas contra a Revolução Cubana nos seus 50 anos de existência, tema ao qual terei que fazer referência mais para frente.

Apesar de que não pude participar nas assembleias prévias ao Congresso, fiquei a par de todas elas de maneira resumida. Conheço que se falou pouco de resultados para concentrar-se nos problemas, olhando para dentro e sem utilizar mais tempo do que verdadeiramente é necessário em avaliar os factores externos. É o estilo que deve caracterizar de maneira permanente o trabalho da UJC, perante aqueles que se dedicam a procurar a palha no olho alheio em vez de empregar esse esforço em fazer o que lhes corresponde.

Foi gratificante escutar muitos jovens dedicados à produção que explicaram, com orgulho e palavras simples, o trabalho que realizam sem mencionar dificuldades materiais e obstáculos burocráticos que os afectam.

Muitas das deficiências analisadas não são novas, acompanham a organização há muito tempo, sobre elas os congressos anteriores adoptaram os acordos correspondentes e contudo reiteram-se em maior ou menor medida, o que demonstra a insuficiente sistematização e rigor no controlo do seu cumprimento.

Neste sentido é justo e necessário repetir algo no qual insistiram os companheiros Machado e Lazo, que presidiram numerosas assembleias: o Partido também se sente responsável por cada deficiência do trabalho da UJC, muito especialmente nos problemas na política de quadros.

Não devemos permitir que, mais uma vez, os documentos aprovados se tornem letra morta e sejam engavetados a modo de memória. Devem constituir o guia para a acção quotidiana no nível do Bureau Nacional e de cada militante. O fundamental já foi acordado por vocês, agora o que resta é trabalhar.

Alguns são muito críticos ao se referirem à juventude de hoje e esquecem que eles também foram jovens. Seria ilusório pretender que as novas gerações sejam iguais àquelas de épocas passadas, um sábio provérbio diz: os homens têm mais parecido ao seu tempo do que aos seus pais.

Os jovens cubanos sempre estão dispostos a afrontarem os desafios, assim o demonstraram na recuperação dos danos causados pelos furacões, no enfrentamento às provocações do inimigo e nas tarefas da defesa, poderia mencionar muitos mais.

A idade média dos delegados ao Congresso é de 28 anos, portanto, todos cresceram nestes duros anos do período especial e foram participes dos esforços de nosso povo para manter as conquistas principais do socialismo no meio de uma situação económica muito complexa.

Precisamente pela importância de que a vanguarda da juventude esteja a par da nossa realidade económica, a Comissão do Bureau Político, tendo em consideração a positiva experiência da análise realizada a esse respeito com os Deputados da Assembleia Nacional, aprovou oferecer às assembleias municipais da UJC uma informação que descreve, sem disfarce, a situação actual e as perspectivas nesta matéria, a qual receberam mais de 30 mil jovens militantes, do mesmo jeito que os principais dirigentes partidaristas, das organizações populares e dos governos nos diferentes níveis.

A batalha económica constitui hoje, mais do que nuca, a tarefa principal e o centro do trabalho ideológico dos quadros, porque dela depende a sustentabilidade e preservação do nosso sistema social.

Sem uma economia sólida e dinâmica, se não são eliminados os gastos supérfluos e o esbanjamento, não se poderá avançar na elevação do nível de vida da população, nem será possível manter e melhorar os elevados níveis atingidos na educação e na saúde garantidos gratuitamente a todos os cidadãos.

Sem uma agricultura forte e eficiente que podemos desenvolver com os recursos que temos, sem sonhar com as grandes verbas de outros tempos, não podemos aspirar a sustentar e elevar a alimentação da população, que ainda depende muito da importação de produtos que podem ser cultivados em Cuba.

Enquanto as pessoas não sintam a necessidade de trabalharem para viver, amparadas nas regulamentações estatais excessivamente paternalistas e irracionais, jamais estimularemos o amor pelo trabalho, nem daremos solução à falta crónica de construtores, operários agrícolas e industriais, professores, policiais e outros ofícios indispensáveis que vão desaparecendo aos poucos.

Sem a firme e sistemática rejeição social às ilegalidades e diversas manifestações de corrupção, não poucos continuarão a se enriquecer a custa do suor da maioria, disseminando atitudes que atacam directamente a essência do socialismo.

Se mantemos vagas exageradas em quase todos os âmbitos dos afazeres nacionais e pagamos salários que não se correspondem com os resultados, elevando o volume de dinheiro em circulação, não podemos esperar que os preços detenham o seu aumento constante, deteriorando a capacidade aquisitiva do povo. Sabemos que sobram centenas de milhares de trabalhadores nos sectores orçamentado e empresarial, alguns analistas calculam que o excesso de vagas ultrapassa o milhão de pessoas e este é um assunto muito sensível que estamos no dever de enfrentar com firmeza e sentido político.

A Revolução não deixará ninguém desamparado, lutará por criar as condições para que todos os cubanos tenham empregos dignos, mais não se trata de que o Estado seja o encarregado de colocar cada um depois de várias ofertas de trabalho. Os primeiros interessados em encontrar um trabalho socialmente útil devem ser os próprios cidadãos.

Resumindo, continuar gastando por cima das receitas significa simplesmente malgastar o futuro e pôr em risco a própria sobrevivência da Revolução.

Enfrentamo-nos a realidades nada agradáveis, mas não fechamos os olhos perante elas. Estamos certos de que há que romper dogmas e assumimos com firmeza e confiança a actualização, já em andamento, do nosso modelo económico, com o propósito de criar as bases da irreversibilidade e o desenvolvimento do socialismo cubano, que sabemos constitui a garantia da independência e da soberania nacional.

Não ignoro que alguns companheiros às vezes ficam desesperados, desejando mudanças imediatas em múltiplas esferas. Naturalmente refiro-me agora àqueles que o fazem sem a intenção de fazer o jogo ao inimigo. Compreendemos essas inquietações que geralmente têm a sua origem no desconhecimento da magnitude da tarefa que temos na nossa frente, da profundidade e da complexidade das inter-relações entre os diferentes factores do funcionamento da sociedade as quais deverão ser modificadas.

Aqueles que pedem avançar mais rápido, devem ter em conta o rosário de assuntos que estamos a estudar, dos quais hoje só lhes mencionei alguns. Devemos evitar que por ter pressa ou por improvisar, tentando solucionar um problema, provoquemos outro ainda maior. Em assuntos de envergadura estratégica para a vida de toda a nação não podemos deixar-nos levar por emoções e actuar sem a integralidade necessária. Essa é, como já explicamos, a única razão pela qual decidimos adiar mais alguns meses a realização do Congresso do Partido e a Conferência Nacional que o precederá.

Este é o maior e mais importante desafio que temos para garantir a continuidade da obra construída nestes 50 anos, que a nossa juventude assumiu com total responsabilidade e convicção. A palavra de ordem que preside este Congresso é: “Tudo pela Revolução” e isso significa, em primeiro lugar, fortalecer e consolidar a economia nacional.

Cabe a juventude cubana ser o relevo da geração fundadora da Revolução e para conduzir a grande força das grandes maiorias precisa de uma vanguarda que convença e mobilize, a partir da autoridade que emana do exemplo pessoal, encabeçada por dirigentes firmes, capazes e prestigiosos, verdadeiros líderes, não improvisados, que tenham passado pela insubstituível forja da classe operária, em cujo seio são cultivados os valores mais genuínos de um revolucionário. A vida nos tem demonstrado com eloquência o perigoso de violar esse princípio.

Fidel o expressou claramente no encerramento do Segundo Congresso da UJC, no dia 4 de Abril de 1972: cito:

“Ninguém aprenderá a nadar sobre a terra, e ninguém caminhará sobre o mar. O homem é feito por seu meio ambiente, o homem é feito por sua própria vida, por sua própria actividade”. E concluiu:

“Aprenderemos a respeitar o que é criado pelo trabalho, criando. Ensinaremos a respeitar esses bens, ensinando-o a criar esses bens.”

Esta ideia, proferida há 38 anos e que certamente foi aclamada naquele congresso, é mais outra amostra evidente dos assuntos que acordamos e que depois não cumprimos.

Hoje mais do que nunca precisasse de quadros capazes de levar a cabo um trabalho ideológico efectivo, que não pode ser diálogo de surdos nem repetição mecânica de consignas; dirigentes que razoem com argumentos sólidos, sem crer-se donos absolutos da verdade; que saibam escutar, embora não agrade o que alguns digam; que avaliem com mente aberta os critérios dos outros, o que não exclui rebater com fundamentos e energia aqueles que resultem inaceitáveis.

Fomentar a discussão franca e não ver na discordância um problema, mas sim a fonte das melhores soluções. A unanimidade absoluta geralmente é fictícia e por conseguinte daninha. A contradição, quando não for antagónica como é o nosso caso, é motor do desenvolvimento. Devemos suprimir, com toda intencionalidade, tudo o que alimente a simulação e o oportunismo. Aprender a uniformizar as opiniões, estimular a unidade e fortalecer a direcção colectiva, são características que devem identificar os futuros dirigentes da Revolução.

Em todo o país existem jovens com atitude e capacidade necessárias para assumirem tarefas de direcção. O desafio é descobri-los, prepará-los e dar-lhes vagarosamente maiores responsabilidades. As grandes maiorias encarregar-se-ão de corroborar que a selecção foi correcta.

Apreciamos que se continua avançando no referente à composição étnica e de género. É uma direcção na qual não nos podemos permitir retrocessos nem superficialidades e na qual a UJC deve trabalhar de maneira permanente. A propósito, recalco que é outro dos acordos que adoptamos, neste caso, há 35 anos, no Primeiro Congresso do Partido, cujo cumprimento depois deixamos à geração espontânea e não controlamos como correspondia, sendo este, além disso, um dos primeiros pronunciamentos de Fidel em reiteradas ocasiões, desde que triunfou a Revolução.

Como lhes dizia no início, a realização deste Congresso coincidiu com uma descomunal campanha de descrédito contra Cuba, organizada, dirigida e financiada desde os centros do poder imperial nos Estados Unidos da América e na Europa, içando hipocritamente as bandeiras dos direitos humanos.

Foi manipulada com cinismo e desfaçatez a morte de um indivíduo sancionado à privação de liberdade em 14 causas por delitos comuns, devido por obra e graça da mentira repetida e do afã de receber apoio económico do exterior, num “dissidente político”, que foi instado a manter uma greve de fome com exigências absurdas.

Morreu apesar dos esforços de nossos médicos, o que também lamentamos no seu momento e denunciamos aos únicos beneficiários deste facto, os mesmos que hoje instam mais outro indivíduo a que continue essa atitude similar de chantagem inaceitável. Este último, apesar de tanta calúnia, não está no cárcere, é uma pessoa em liberdade que cumpriu sanção por delitos comuns, especificamente por ter agredido e lesionado uma mulher, médica e directora de um hospital, a quem também ameaçou de morte, e depois a uma pessoa idosa de quase 70 anos, a quem tiveram que extirpar o baço. Do mesmo jeito que no caso anterior, se estão a fazer todos os possíveis por lhe salvar a vida, porém se não muda sua atitude de autodestruição, será responsável, juntamente com seus patrocinadores, pelo desenlace que também não desejamos.

É repugnante a dupla moral daqueles que na Europa guardam cúmplice silêncio perante as torturas na chamada guerra contra o terrorismo, permitiram voos clandestinos da CIA que trasladavam prisioneiros e até prestaram o seu território para a criação de cárceres secretos.

O que é que diriam se do mesmo modo do que eles, tivéssemos violado as normas éticas e alimentássemos pela força estas pessoas, como se tem feito habitualmente, entre muitos outros centros de tortura, na Base Naval de Guantánamo. E certamente, são os mesmos que em seus próprios países, como é mostrado pela televisão quase diariamente, usam as forças policiais montadas a cavalo contra manifestantes, espancando-os e disparando-lhes gases lacrimogéneos, e até balas. O que dizer dos frequentes maus-tratos e humilhações aos quais são submetidos os imigrantes?

A grande imprensa ocidental não só ataca Cuba, também estreou uma nova modalidade de implacável terror mediático contra os líderes políticos, intelectuais, artistas e outras personalidades que em todo o planeta alçam sua voz contra a falácia e a hipocrisia e simplesmente avaliam os acontecimentos de maneira objectiva.

Enquanto isso, poderia parecer que os porta-bandeiras da cacarejada liberdade de imprensa esqueceram que o bloqueio económico e comercial contra Cuba e todos seus inumanos efeitos sobre o nosso povo, conservam plena vigência e se recrudescem; que a actual administração dos Estados Unidos da América não cessa no mais mínimo o apoio à subversão; que a injusta, discriminatória e ingerencista posição comum da União Europeia, patrocinada no seu momento pelo governo norte-americano e pela extrema-direita espanhola, continua a reclamar uma mudança de regime em nosso país, ou dito de outra maneira, a destruição da Revolução.

Mais de meio século de combate permanente ensinou o nosso povo que a hesitação é sinónimo de derrota.

Custe o que custar, jamais cederemos à chantagem de nenhum país ou conjunto de nações por mais poderosas que sejam. Temos o direito a nos defender.

Saibam que se pretendem encurralar-nos, saberemos resguardar-nos na verdade e nos princípios. Mais uma vez seremos firmes, calmos e pacientes. Sobram os exemplos na nossa história!

Foi assim que lutaram nossos heróicos mambises nas guerras pela independência no século XIX.

Dessa maneira derrotamos a última ofensiva de dez mil soldados da tirania fortemente armados, enfrentados inicialmente por apenas 200 combatentes rebeldes que sob o comando directo do Comandante-em-Chefe Fidel Castro Ruz, durante 75 dias, de 24 de Maio a 6 de Agosto de 1958, levaram a cabo mais de 100 acções combativas, incluídas quatro batalhas num pequeno território de entre 650 e 700 quilómetros quadrados, isto é, uma área menor do que a ocupada pela Cidade de Havana. Esta grande Operação decidiu o curso da guerra e após pouco mais de quatro meses triunfou da Revolução, o que motivou o Comandante Ernesto Che Guevara a escrever em seu diário de campanha, cito: “O exército batistiano saiu com sua espinha dorsal quebrada desta última ofensiva sobre a Sierra Maestra”. Fim da cita.

Tampouco nos amedrontou a frota ianque em frente das costas da Baia dos Porcos, em 1961. Nos seus próprios narizes aniquilamos o seu exército mercenário, no que constituiu a primeira derrota de uma aventura militar dos Estados Unidos da América neste continente.

Fizemo-lo novamente em 1962 durante a Crise de Outubro. Não cedemos nem um milímetro perante as brutais ameaças de um inimigo que nos apontava com as suas armas nucleares e dispunha-se a invadir a ilha, nem sequer o fizemos quando, negociadas às nossas costas as condições para solucionar a crise, os dirigentes da União Soviética, o principal aliado em tão difícil conjuntura e de cujo apoio dependia a sorte da Revolução, de maneira respeitosa tentaram convencer-nos para que aceitássemos a inspecção no solo pátrio da retirada do seu armamento nuclear e lhes respondemos que em todo o caso seria feito a bordo dos seus navios em águas internacionais, mas jamais em Cuba.

Estamos certos que circunstâncias piores do que aquelas dificilmente possam ser repetidas.

Já em época mais recente, o povo cubano deu uma amostra inesquecível da sua capacidade de resistência e confiança em si próprio quando, como resultado da desaparição do campo socialista e da desintegração da União Soviética, Cuba sofreu o declínio em 35 por cento, do seu Produto Interno Bruto; a redução do comércio exterior em 85 por cento; a perda dos mercados das suas principais exportações como o açúcar, o níquel, os citrinos e outros, cujos preços desceram a metade; a desaparição de créditos em condições favoráveis com a conseguinte interrupção de numerosos investimentos vitais como a primeira Central eletronuclear e a Refinaria de Cienfuegos, o colapso do transporte, as construções e a agricultura ao desaparecer subitamente o fornecimento de peças de reposição para a técnica, os fertilizantes, a ração e as matérias-primas das indústrias, provocando a parada de centenas e centenas de fábricas e o abrupto deterioro quantitativo e qualitativo da alimentação do nosso povo até níveis por baixo da nutrição recomendada. Todos sofremos aqueles calorosos verãos da primeira metade da década de 90 do século passado com blecautes superiores à 12 horas diárias por falta de combustível para gerar electricidade, e enquanto tudo isso acontecia, dezenas de agências de imprensa ocidentais, algumas delas sem dissimular a sua euforia, enviavam correspondentes a Cuba com a intenção de serem as primeiras em reportarem a derrota definitiva da Revolução.

No meio desta dramática situação, ninguém ficou abandonado a sua sorte e ficou evidenciado a força que emana da unidade do povo quando são defendidas ideias justas e uma obra construída com tanto sacrifício. Só um regime socialista, apesar das suas deficiências, é capaz de superar tamanha prova.

Portanto não nos tiram o sono as actuais escaramuças da ofensiva da reacção internacional, coordenada como sempre por aqueles que não se resignam a compreenderem que este país jamais será subjugado por uma via ou por outra, antes prefere desaparecer como o demonstramos em 1962.

Há apenas 142 anos, no dia 10 de Outubro de 1868, começou esta Revolução, nessa altura lutava-se contra um colonialismo europeu decadente, sempre sob o boicote do nascente imperialismo norte-americano que não desejava nossa independência, até que a “fruta madura” caísse por “gravidade geográfica” nas suas mãos. Desse modo aconteceu após mais de 30 anos de guerras e enormes sacrifícios do povo cubano.

Agora os actores externos intercambiaram os seus papéis. Há mais de meio século nos agride e assedia constantemente o já moderno e mais poderoso império do planeta, auxiliando-se do boicote que entranha a ultrajante Posição Comum, que se mantém intacta graças às agressões dalguns países e das forças políticas reaccionárias da União Europeia com diversos condicionamentos inaceitáveis.

Perguntamo-nos, por quê? E consideramos que simplesmente porque na essência os actores continuam a ser os mesmos e não renunciam às suas velhas aspirações de dominação.

Os jovens revolucionários cubanos compreendem perfeitamente que para preservar a Revolução e o socialismo e continuar sendo dignos e livres têm daqui em diante muitos anos mais de luta e de sacrifícios.

Ao mesmo tempo, para a humanidade pairam colossais desafios e cabe, em primeiro lugar, aos jovens enfrentá-los. Trata-se de defender a sobrevivência mesma da espécie humana, ameaçada como nunca perante a mudança climática, que se acelera pelos padrões irracionais de produção e consumo que engendra o capitalismo.

Hoje no planeta somos sete biliões de habitantes. Metade deles são pobres, mil e vinte milhões têm fome. Cabe perguntar-se que acontecerá no ano 2050, quando a população mundial atinja os nove biliões e as condições de existência na Terra tenham-se deteriorado ainda mais.

A farsa em que concluiu a última cimeira na capital de Dinamarca, em Dezembro do ano passado, demonstra que o capitalismo com as suas cegas leis de mercado jamais resolverá esse nem muitos outros problemas. Só a consciência e a mobilização dos povos, a vontade política dos governos e o avanço do conhecimento científico e tecnológico poderão impedir a extinção do homem.

Para finalizar gostaria de fazer referência a que no mês de Abril do ano próximo completar-se-á meio século da proclamação do carácter socialista da Revolução e da vitória esmagadora sobre a invasão mercenária na Baia dos Porcos. Celebraremos estes transcendentais acontecimentos em todos os cantos do país, de Baracoa onde tentaram desembarcar um batalhão, até o extremo ocidental da nação, e na capital realizaremos um grande desfile popular e uma revista militar, actividades todas nas quais trabalhadores, intelectuais e jovens serão os principais protagonistas.

Daqui a poucos dias, em Primeiro de Maio, nosso povo revolucionário, em todo o país, nas ruas e praças públicas que por direito lhe pertencem, dará mais outra contundente resposta a esta nova escalada internacional de agressões.

Cuba não teme à mentira nem se ajoelha perante pressões, condicionamentos ou imposições, venham donde vierem, defende-se com a verdade, que sempre, mais cedo do que tarde, se impõe.

Um dia como hoje, há 48 anos, nasceu a União de Jovens Comunistas. Naquele histórico 4 de Abril de 1962 Fidel asseverou:

“Crer nos jovens é ver neles além do entusiasmo, capacidade; além da energia, responsabilidade; além da juventude, pureza, heroísmo, carácter, vontade, amor à pátria, fé na pátria! amor à Revolução!, fé na Revolução, confiança em si próprios!, convicção profunda de que a juventude pode, de que a juventude é capaz, convicção profunda de que sobre os ombros da juventude podem ser depositadas grandes tarefas”, concluiu.

Assim foi ontem, é hoje e continuará a ser no futuro.

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mais informações:
http://aapc.com.sapo.pt/brigadas.html
http://www.josemarti.com.br/

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fuma fuma fuma …

Andando pelas ruas argentinas, percebi que por lá o consumo de tabaco é elevado. Quando voltei, falando isso pras pessoas nem todas acreditavam no que meus olhos comprovaram.
Hoje, na CBN (radio de notícias) ouvi a notícia de que no Brasil cerca de 17,2% da população de 15 anos ou mais de idade (143,0 milhões) sao fumantes ativos, segundo mostra o suplemento de Saúde da PNAD 2008, divulgado nesta quarta-feira, 31 em diversos meios de comunicaçao.
Voltaram entao meus questionamentos: 17% aqui, e nos outros lugares? Resolvi pesquisar, e os números sao reveladores. Segundo cálculos da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 40% da população argentina com idade entre 16 e 65 anos é viciada em tabaco. E ainda, 15% dos tabagistas dos países latino americanos vive na Argentina (ainda que este país concentre somente 7% do total populacional da regiao). Alto. Muito alto. Será pelo clima frio? Será pelo alto consumo de vinho? Ou será pelo valor das carteiras de cigarros (equivalentes atualmente a R$2,50!).
Bueno, e outros países? Segundo a OMC, no Uruguay 36% dos homens fumam e 25% das mulheres tem esse hábito. De acordo com estatísticas do organismo, elaboradas com dados de 2007, Cuba é o país da América com mais homens fumantes (44,8%), e o Chile é o que tem mais mulheres (33,3%).
A Bolívia já comemorava no dia 20 de novembro o dia do Ar Puro, iniciativa que ampliou-se para a lei (atualmente também em vigencia no Brasil, Argentina e maioria dos países mundiais) da Lei Anti-Fumo em ambientes públicos fechados.
Lei esta que gerou várias adaptacoes por parte dos tabagistas, que já náo podem simplismente acender seus cigarrinhos ao lado do balcao do bar, nem mesmo pedir um café e um cinzeiro.
Para todos tem sido melhor: ambiente mais limpo, sem lacrimejar os olhos nas baladas, e dizem as más linguas, que o nível de paqueira aumentou com o tanto de fumantes saindo pras calçadas pra fumar umzito. Sim, tornou-se um momento. Novamente o cigarro é um momento, e nao o complemento inseparável de qualquer coisa.
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A OMC (organizaçao mundial da saúde) considera o tabagismo como a principal causa evitavel de mortes no mundo. Mas também, que tal pensar que ao sair pras calçadas pra fumar um cigarrinho a maioria dos fumantes simplesmente o dispensa de qualquer maneira no meio fio? A bituca do cigarro é lixo, e dos grandes! Imagine quanto nao se junta de bitucas nos meios fios por aí? Entao, se ja se conscientizou de nao poluir o ar dos outros, pense também em nao poluir a cidade dos outros, carregue consigo um porta-bitucas ou busque o lixo mais próximo. Vamos todos conscientizarmo-nos da importancia de pensar no outro, pra continuarmos tendo nossa liberdade de consumir o que gostamos.

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campanha SEGUNDA sem CARNE

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httpv://www.youtube.com/watch?v=wtN0usgSHI0

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27 de março – o dia do Grafitti

Todo dia é dia de algo. E todo dia podemos ver algo diferente pelas ruas que andamos, graças às intervençoes de rua. As expressoes artísticas urbanas dao vida às cidades, questionam, colorem, brincam com o imaginário e com o mobiliário urbano.

Neste mês, um painel urbano está sendo feito em Pinheiros – Sao Paulo por Eduardo Kobra – veja seu flicker http://www.flickr.com/photos/studiokobra/, de 165 metros quadrados, é uma homenagem a Alex Vallauri, pioneiro do grafite no Brasil.
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Aspecto interessante é que o local foi um do primeiros em que Kobra pintou, há mais de 15 anos.
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No detalhe, dá para ver a imagem da São Paulo antiga misturada a personagens contemporâneos, como o próprio Alex Vallauri e a “Rainha do Frango Assado”, sua mais famosa criação. O trabalho, ainda em processo de finalização, também marca o Dia do Grafite comemorado no dia 27 de março e faz parte do projeto ‘Muro das Memórias’, que já enfeita vários pontos da cidade.
(retirado de http://com.limao.com.br – em 24 de março)

Aproveito entao este mes dedicado ao grafitti pra iniciar um projeto que a tempos quero por em prática: divulgar os trabalhos urbanos pela rede web. Entao convido a todos que tenham fotos de trabalhos interessantes pra serem postados por aqui, e vamos trocando imagens dos caminhos.

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Abertura da II Conferencia de Cultura

pict2606O Teatro Nacional de Brasília estava lotado. Todos os seus lugares pra sentar estavam sentados. Mas quem faz cultura sabe, que pra sentar, o chão ajuda. Afinal, quantas vezes a lotação foi um pouco além do que as cadeiras comportam?
Se a primeira cena da abertura foi uma entrada de vários personagens, entre eles gestores e fazedores de cultura, pernas de pau e também as bem requebradas. Silvana Meirelles, da Comissao Organizadora Nacional, contou um causo: a um ribeirinho lhe foi perguntado pra quê servia a conferencia, ao que o mesmo respondeu, sem dúvidas: “a conferencia serve pra conferir se tá tudo nos conformes”. E com as cordas e a dança de Antonio Nobrega todos vibraram.
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Mas aí, como a cultura é mestiça, o palco é de Gog. E ele fala da quebra de distância entre o palácio e o povo, que ele, como convidado a ocupar uma cadeira de notório saber no Conselho Nacional de Políticas Culturais percebe que neste governo houve na cultura o reconhecimento de que o povo pode legislar, discutir, fazer cultura. Porque a cultura é livre e deve ser política de Estado. Tal qual deve ser política nacional a flexibilização dos direitos autorais, porque cultura é livre.
E aí vem o Juca Ferreira, e resolve falar de improviso. E ele fala do reconhecimento da diversidade cultural brasileira, quase comparável a sua diversidade ambiental. Das mazelas de 500 anos de sofrimento de nosso povo, e da grande hora da transformação nacional, estamos entre as maiores economias do mundo. Mas não podemos ter um país rico recheado de bossais. E portanto, a cultura é essencial. Tanto o é, que está entre uma das cinco áreas que receberão parte do dinheiro advindo do Pré-Sal. Petróleo brasileiro finalmente sendo destinado ao povo brasileiro.
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A construção da dimensão da cultura não poderia ser vista de dentro de um gabinete, diz o ministro, bem como a cultura não pode ser dirigida de lá. A cultura tem que ser fomentada, mas não direcionada, sendo papel do Estado dar auxílio para os agentes culturais fazerem cultura, o que tem sido feito através dos editais públicos. Mas também, segue Juca, todos devemos buscar aprimorar a excelência cultural brasileira, pois buscamos ser os melhores no que fazemos. E temos uma cultura muito rica que nos permite ser diversos como somos. Pressionado a falar da PEC 150, enrolou um pouco, e falou ao final da suas qualidades, claro, todas desejadas: 2% da verba federal para cultura seria dobrar o que atualmente recebe. Foi aclamado. E a arte voltou pra cena.

A Dilma relembrou que o Brasil sempre teve intensos momentos criativos, e por eles é reconhecido em todo o mundo; e que hoje, estamos nos aproximando de mais um momento exponencial de nossa cultura, o qual está nas mãos daqueles que fazem e promovem a cultura, o Governo dará o suporte e as ferramentas para que aconteça. Veio então Chico César.
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Aí veio o Presidente Lula. Descontraído, tranqüilo e muito eloqüente. Como eu nunca havia visto, discorreu sobre a cultura e mais, sobre a comunicação. Se foram mais de cinqüenta conferencias em seu governo, a da comunicação foi histórica. E aí, ele seguiu falando dos temas da comunicação, dentre eles a Banda Larga e da necessidade da sociedade brasileira de democratizar a mídia. E alertou a todos pro período eleitoral e a manipulação das informações. Durante quinze minutos entre brincadeiras e um papo sério, o Presidente Lula mostrou como cativa seu povo, e o porque é um dos transformadores do Brasil atual.

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no clima frio de Brasília, pinguins sentam na pedra

na entrada do Teatro Nacional, 11 de março - Abertura da II Conferencia Nacional de Cultura

na entrada do Teatro Nacional, 11 de março - Abertura da II Conferencia Nacional de Cultura

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despedidas carregadas

Quando pensei em conhecer a Argentina, nao imaginava que seria como foi. Ter decidido ficar em Buenos Aires me fez aprofundar meu conhecimento do paìs, tendo contato com agentes de transformacao de todos os cantos deste país, com certeza, com uma profundidade muito maior do que se eu tivesse percorrido estes espacos.
Chegamos ao fim do curso da RNMA exaustos, mas incrivelmente motivados a voltar pra casa, a comecar a revolucao de buenos aires.
A cada despedida, a certeza de que um companheiro volta pra sua luta, munido com uma arma poderosa, cheia de energias boas que foram sendo conectadas em cada fio, em cada luz e em cada olhar entre nosotros.
Eu me preparo pra embarcar de volta a casa, e carrego comigo muito do que aprendi aqui, e ja planejando quando irei percorrer todos estes cantos do pais, e reencontrar os amigos que por aqui ficam. Depois de tanto tempo juntos, uma leve saudade das conversas ja surge, mas uma grande certeza fica: teremos muita producao de audio da Argentina em nossas programacoes, e a fronteira se diminui.
Hoje as 1h da manha, estaremos ao vivo na radio Tribu gravando um programa que se chama FMP3 juntamente com os amigos que nos receberam no centro Visinta, onde tambem acontece hoje nossa despedida.

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